TEMA - SALVOS PARA TESTEMUNHAR

Texto base -  I Pd. 2.9


INTRODUÇÃO

Queridos, não é raro ouvirmos a citação deste versículo com uma certa coloração de vanglória, como se a salvação tivesse sua finalidade em nós mesmos. Sabemos que o Senhor Jesus nos resgatou do inferno e nos concedeu a redenção. Sabemos o alto preço que foi pago, e isso não foi sem propósito específico de Deus. Uma vez redimidos pelo Senhor, agora somos seus servos com uma missão determinada: Proclamar as suas virtudes. É isso que o apóstolo Pedro está ensinando aos cristãos da dispersão e a nós. Logo no primeiro versículo da sua carta, Pedro deixa clara a condição daqueles irmãos, o que se aplica também a nós. Todos os cristãos são eleitos, forasteiros, e vivem na dispersão. Sabemos que Pedro escreveu para judeus forasteiros porque estavam em terras estranhas, fora de Jerusalém, dispersos por causa da perseguição de Roma. Porém, a realidade daqueles irmãos pode ser aplicada cabalmente a nós. A condição de eleitos, como Pedro ensina a eles, não nos permite qualquer sentimento de jactância ou vanglória, uma vez que, como eles, não fomos nós que escolhemos a Deus, e sim, fomos objeto da eleição soberana e salvadora do Senhor. Como forasteiros, assim como eles, também não podemos firmar nossas expectativas neste mundo, nem nesta vida, uma vez que aguardamos a morada celestial. Como dispersos, se no caso deles o motivo foi a perseguição de Roma, nós também sofremos a perseguição do maligno e do mundo, com os seus ardis e as suas atrações ilusórias que tentam incansavelmente nos afastar de Deus. Por isso, como o apóstolo encoraja àqueles irmãos, a Igreja deve apresentar um testemunho de santidade exemplar em todos os seus relacionamentos, mesmo sob intensa perseguição, no nosso caso, de ordem psicológica e emocional. Afinal, é a santidade em nossos relacionamentos, já que não existe santidade apenas contemplativa, que confirma a nossa eleição. Assim, Pedro passa a discorrer sobre os relacionamentos na sociedade em geral  - 2.11-19, na família - 3.1-7, e na Igreja - 3.8-12; 4.7-11.
Precisamos considerar, ainda, que as tribulações pelas quais passavam aqueles irmãos eram socialmente piores do que as nossas, já que eles enfrentavam a morte por serem cristãos. Mesmo assim, eram raça eleita, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, que já não viviam para si mesmos, mas para o Senhor que os redimiu, a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.  Esta continua sendo a missão salvífica da Igreja, ciente de que as perseguições apenas se apresentam com roupagem diferente a cada geração. Considerem estas coisas.

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