TEMA – RESTAURANDO O CAÍDO
Texto
base – Jo. 21.15-20
INTRODUÇÃO
O
apóstolo Pedro é um símbolo do homem inconstante. Como o pêndulo
de um relógio, ele oscilava entre as alturas da fé e as profundezas
da covardia. Sempre explosivo, falava sem pensar e agia sem refletir.
Era capaz das afirmações mais sublimes acerca de Jesus para depois
capitular-se às fraquezas mais vergonhosas. Num momento expressava
uma fé robusta e noutro, soçobrava diante da incredulidade. Pedro
chegou a ponto de negar seu nome, suas convicções, sua fé e seu
Senhor. Ele desceu os degraus da queda, ao julgar-se melhor do que
seus condiscípulos, ao seguir a Jesus de longe, ao se inserir no
meio daqueles que zombavam do Filho de Deus e ao negar repetidamente
e até com impropérios que o conhecia.
Pedro
chegou a ponto de desistir de tudo. Desistiu de ser discípulo. A
única coisa que sabia fazer era chorar amargamente e alagar o seu
leito com suas grossas lágrimas. Mesmo Pedro tendo desistido de si
mesmo, Jesus não desistiu de Pedro.
F.T
- O que Jesus fez para restaurar Pedro?
-
Jesus toma a decisão de procurar Pedro.
A
ovelha perdida não volta para o aprisco sozinha. Aqueles que
tropeçam e caem não se restauram sozinhos de suas quedas
vergonhosas. Jesus nos ensina a ir ao encontro dos caídos.
Precisamos tomar a iniciativa. Não é a ovelha ferida que procura o
pastor, mas o pastor que vai a busca da ovelha perdida. Jesus não
apenas nos ensinou essa verdade, ele também a praticou, dando-nos o
exemplo.
-
Jesus toma a decisão de não esmagar Pedro.
Talvez
o que Pedro mais esperasse fosse uma reprimenda severa de Jesus.
Pedro havia prometido ir com Jesus até a morte, mesmo que os outros
discípulos o abandonassem. Sua arrogância tornou-se notória.
Pensando ser mais forte do que os outros, tornou-se mais fraco. Sua
autoestima estava no pó. Ele se sentia o pior dos homens. Jesus,
então vem a ele, não para esmagá-lo como uma cana quebrada. Ao
contrário, prepara-lhe uma refeição, conversa com ele com
discrição e faz-lhe perguntas endereçadas ao coração.
-
Jesus toma a decisão de despertar o amor de Pedro.
Em
vez de confrontar Pedro, fazendo-o lembrar de suas vergonhosas
quedas, Jesus toca de forma sensível no âmago do problema,
perguntando-lhe: “Tu me amas?”. Quando Pedro caiu, seu eu estava
assentado no trono de sua vida. Para Pedro se levantar Jesus
precisava estar no trono do seu coração.
O
amor é o maior dos mandamentos. O amor é o cumprimento da lei. O
amor é a prova insofismável de que somos verdadeiros discípulos de
Jesus. A condição única exigida a Pedro para voltar-se para Jesus
e para reingressar no ministério era demonstrar seu amor a Jesus.
-
Jesus toma a decisão de curar as memórias de Pedro.
Jesus
preparou a cena para conversar com Pedro. A queda do apóstolo havia
sido ao redor de uma fogueira. Jesus, então, arma na praia a mesma
cena. Pedro havia negado Jesus três vezes, em grau ascendente. Pedro
negou, jurou e praguejou. Jesus, então, lhe fez três perguntas,
também em grau ascendente. Jesus quer não apenas restaurar o
coração de Pedro, mas também curar suas memórias amargas.
O
Senhor se interessa não apenas pelas nossas convicções, mas,
também, pelos nossos sentimentos.
-
Jesus toma a decisão de reingressar Pedro no ministério.
Depois
de restaurar Pedro, Jesus lhe deu uma ordem clara: Apascenta os meus
cordeiros, pastoreia as minhas ovelhas. Jesus restaura não apenas a
vida espiritual de Pedro, mas, também, o seu ministério como
apóstolo e seu trabalho como pastor do rebanho.
A
atitude de Jesus em relação a Pedro lança luz sobre a atitude que
a igreja deve ter em relação àqueles que caíram e precisam ser
restaurados. Que Deus nos dê sabedoria e amor para agirmos de modo
semelhante.
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