TEMA - AS QUALIDADES DO SERVIÇO DO REINO
Texto
base - I Pd 4.7-11
Introdução
Em
algumas igrejas da China as boas-vindas aos novos crentes são dadas
dizendo: “Jesus agora tem um novo par de olhos para ver, novos
ouvidos para escutar, novas mãos com as quais ajudar e um novo
coração para amar os outros”. A saudação evidencia que nós
fomos salvos para servir no Reino e não para sermos seus
expectadores. Pedro, inspirado pelo Espírito, sinalizou em nosso
texto que “o fim de todas as coisas”, ou seja, a volta de Jesus
se aproximava - v.7, por isso a melhor maneira para vivermos até lá
é através de uma postura “criteriosa” (“sensata e lúcida”)
e “sóbria” (“capacidade de estabelecer julgamentos corretos”),
postura que se expressa através de um SERVIÇO QUALIFICADO.
F.T
- Quais são os sinais desta qualificação?
-
SERVIÇO AMOROSO – V.8
Russel
Shedd, com sua peculiar sabedoria, afirmou que “o amor é para a
comunhão do povo de Deus o que o óleo é para o motor: a fricção
num motor ligado logo o destruirá; assim será fragmentada a
comunidade pelo atrito sem amor, produzido por um espírito que não
perdoa”. Serviço sem amor nada mais é do que um ativismo formal,
frio, vazio, inócuo e sem qualquer valor diante de Deus.
O
amor deve ser prioritário (“acima de tudo”) e intenso, pois só
assim ele trará qualificação da nossa vivência comunitária
(“cobre multidão de pecados”), pois nos assemelhará ao Deus que
é amor.
-
SERVIÇO ESPONTÂNEO - V.9
A
qualidade do serviço da Igreja deve ser aferida de forma objetiva
por sua capacidade de hospedar liberalmente, vivenciando com prazer
esta prática claramente recomendada nas Escrituras - Rm 12.13; I Tm
5.10 e Hb 13.2.
Hospitalidade
rima com proximidade que estimula o aperfeiçoamento de alianças
relacionais que frutificarão em salvação e edificação de vidas
para o Reino de Deus.
-
SERVIÇO RECÍPROCO – V.10
“servi
uns aos outros...” – o serviço do Reino não é uma ordem para
poucos abnegados, mas para todos os que creram em Jesus pois assim
como Ele “não veio para ser servido mas para servir” - Mc 10.45,
nosso propósito de vida se plenifica quando percebemos efetivamente
que cada carência específica do próximo é na verdade uma
oportunidade divina para suprirmos em amor a sua necessidade.
A
Igreja, assim, é uma comunidade diaconal (serva) que parte do
pressuposto de que a bem-aventurança maior está no dar e não no
receber - At 20.35
-
SERVIÇO ESPECÍFICO – V.10
“cada
um conforme o dom que recebeu” – Pedro lembra que cada crente
recebeu um dom (habilitação específica para cumprir uma missão
específica planejada por Deus), por issó pode experimentar
eficiência se mantiver-se dentro deste limite ministerial.
A
Igreja é uma comunidade de especialistas e não de polivalentes,
unidos no propósito comum de promover a edificação de todo o seu
corpo - Ef 4.12. A ignorância desta visão, segundo o pastor
argentino Juan Carlos Ortiz, é hoje um dos grandes problemas da
Igreja. O desafio do passado continua para nós hoje: precisamos no
serviço do Reino de “pessoas certas, nos lugares certos, pelas
razões certas”.
-
SERVIÇO GRACIOSO - V. 10
“como
bons despenseiros da multiforme graça de Deus” – o crente que
serve exercitando o seu dom específico é um “despenseiro”
(“mordomo, administrador, encarregado do suprimento de
necessidades”). Sua ação no Reino consiste essencialmente em
partilhar da “multiforme graça de Deus” – uma graça que
manifesta-se diferentemente, abrangentemente, eficientemente e
oportunamente através de sua expressão humana que é o dom - Ef
4.7-11.
Para
que aconteça na Igreja a plenificação desta graça é necessário
que todos nós sejamos “bons despenseiros”, ou seja, eficientes
no partilhar específico da graça específica à pessoa específica
na hora específica... A ministração do Reino, assim, não se dá
centralizadamente através de “super-crentes”, mas
descentralizadamente pelo uso de todos os que já entraram no Reino
(ver estudo anterior...).
CONCLUINDO
Pedro
lembra no verso 11 que este serviço qualificado pressupõe uma
comunicação coerente com a Palavra de Deus e uma ação baseada
exclusivamente nos recursos de Deus, sem fazer dela um instrumento de
dominação e projeção pessoal, tendo como único foco a
glorificação de Jesus.
AVALIE
COM SINCERIDADE:
Você
já está engajado no serviço do Reino ou é apenas um mero
observador?
Você
está fazendo no Reino exatamente aquilo que Deus determinou que você
fizesse?
Você
tem feito movido por amor ou por orgulho?
Você
está retendo a graça ou partilhando a graça?....
Que
Deus a cada dia faça de você um servo qualificado é a minha
oração. No amor de Jesus que nos chama para a Sua obra
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