TEMA - ABATIDOS TALVEZ, DERROTADOS JAMAIS
II
Co 1. 3-11
Objetivo
Trazer
à igreja uma estratégia de Deus para atravessarmos as tribulações
e não nos sentirmos derrotados.
Ideia
Central do texto
O
apóstolo Paulo escreveu aos coríntios por vários motivos:
estimular a igreja a perdoar um membro arrependido, que havia causado
tumulto; corrigir distorções doutrinárias trazidas por falsos
mestres; reafirmar a sua autoridade apostólica; incentivar o
levantamento de uma oferta para os irmãos necessitados da Judéia, e
também o propósito de consolar os abatidos, o qual gostaria de
destacar.
As
palavras-chave desta epístola são: consolar e encorajar. Esta é
considerada a mais autobiográfica das epístolas paulinas.
No
texto em apreço, Paulo traz palavras de ações de graças e de
conforto aos irmãos que atravessavam dificuldades, partilhando com
eles a sua própria experiência.
Introdução:
Temos
a tendência de achar que os servos de Deus muito consagrados a ele e
a sua obra, não enfrentam lutas e pressões tanto internas, quanto
externas. Contudo, esse é um grande engano. Por isso é sempre
edificante e terapêutico fazermos releituras constantes de textos
bíblicos que nos mostrem o contrário. É sempre bom e confortador
observarmos o caminhar de homens de Deus como Jó, Davi, Jeremias,
Isaías, e o próprio apóstolo Paulo, por exemplo.
Qual
o segredo da vitória de Paulo e dos demais ao passarem por lutas e
pressões externas e internas? Só há uma resposta: seu segredo
era DEUS. Olhar para Deus, depender de Deus, clamar a Deus, descansar
em Deus, se refugiar em Deus. Essa é a grande diferença e o grande
segredo da vitória dos escolhidos de Deus.
Quando
nos encontramos desanimados e prontos para desistir, devemos mudar o
foco de nossa atenção de nós mesmos e dos problemas, para Deus.
O
desânimo não faz acepção de pessoas: crente, descrente; velho,
moço; homem, mulher; rico, pobre; todos estamos sujeitos a enfrentar
momentos de desânimo.
Paulo
não nega seus sentimentos e Deus também não deseja que neguemos as
nossas emoções; o apóstolo diz em II Co 7.5: “Em
tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro”. O
Senhor deseja que sejamos absolutamente sinceros com ele em oração.
Ouvi
certa vez que Charles Spurgeon, considerado um dos maiores pregadores
de todos os tempos disse num sermão: “Passo
por depressões do espírito tão assustadoras, que peço a Deus que
vocês jamais experimentem tais extremos de infelicidade”.
O
próprio Paulo diz no contexto lido que passou por tribulações
acima das suas forças ao ponto de desesperar da própria vida; ou
seja, ele sentiu desejo de morrer. Quantas vezes não nos sentimos
assim também?
Por
mais excelente que Paulo fosse em caráter e ministério, ele era
apenas um ser humano como qualquer um de nós, sujeito às mesmas
fraquezas.
De
repente o que Deus quer com essa luta é trabalhar em nós, em nosso
caráter. O Senhor não descarta nenhum de nós. É quando os
estreitos se tornam absolutamente intransponíveis que a
hora de Deus é chegada, para interferir na situação. Por isso
Paulo recorre às ações de graças e procura trazer à memória o
que lhe pode dar ânimo e esperança. É precisamente no momento do
estreito que precisamos aprender a nos aquietar e nos refugiar em
Deus. Só ele preenche o vazio. Não adianta tentar buscar abrigo “à
sombra do Egito”, nossa
Fortaleza é o Senhor e Dele vem o nosso socorro. Sl.121.1
Se
há algo a ser dito neste momento aos que atravessam estreitos e se
acham desanimados, é: “Não
percam Deus de vista!”.
PARA
ENCONTRAR ÂNIMO EM DEUS EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES, PAULO CHAMA A
ATENÇÃO DOS SEUS LEITORES PARA TRÊS FATOS QUE DEVERIAM LEMBRAR:
-
LEMBRAR-SE DO QUE DEUS É PARA NÓS – V.3
Ele
começa a sua carta com uma atitude adoradora diante de Deus; Note
que todas as pessoas que receberam a intervenção de Jesus nos
Evangelhos tinham uma característica comum: elas se prostraram e o
adoraram.
Se
Paulo não podia louvar por causa das circunstancias, podia fazê-lo
por causa de Deus; pelo que ele é; o Senhor é aquele que
está absolutamente no controle de todas as coisas.
O
louvor é tão transformador quanto à oração. Então, louve a Deus
mesmo no estreito.
Louve
porque ele é Deus.
Louve
porque ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo;
Louve
porque ele escolheu você antes da fundação do mundo!
Louve
porque ele é o Pai de misericórdias.
Louve
porque ele é o Deus de toda a consolação!
Louve
porque ele é o Deus do impossível.
Louve
porque em suas mãos estão todas as respostas e possibilidades.
Louve, louve, louve.
Louve
porque Ele é nosso único refúgio e fortaleza; porque ele é a
nossa rocha e o nosso libertador.
Louve
porque ele é o Pai dos órfãos e o Juiz das viúvas.
Louve
porque ele é o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores e nenhum bem
sonegará aos que andam retamente!
-
LEMBRAR-SE DO QUE DEUS FAZ POR NÓS – V.4a, 8-11
O
que ele faz por nós?
Deus
permite as tribulações –
Paulo sentia-se cercado de circunstancias difíceis e só lhe restava
olhar para o Alto, para o Sublime, para o Eterno.
Deus
está no controle das tribulações – v.8. A situação vivida
na Ásia fez o apóstolo desesperar da própria vida. No entanto,
Deus manteve a situação sob controle de tal modo, que Paulo não
cometeu nenhum desatino.
Deus
nos capacita para suportar as tribulações – v.9. Deus quer
que confiemos nele, não em nossos dons e habilidades.
Tem
um texto da palavra que falam dessa postura confiante: Is. 41.10-13 -
“Não
temas, porque eu sou contigo; não te assombres porque eu sou o teu
Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra
fiel. Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que estão
indignados contra ti; serão reduzidos a nada, e os que
contendem contigo perecerão. Aos que pelejam contra ti, buscá-los-ás
e não os acharás; serão reduzidos a nada e a coisa de
nenhum valor os que fazem guerra contra ti. Porque eu, o Senhor, teu
Deus, te tomo pela mão direita e te digo: Não temas, que eu te
ajudo”
Quando
nos sentimos seguros e capazes de enfrentar o inimigo, é que
sofremos os piores ataques e as piores quedas; Paulo diz em II
Co 12.10: “Porque,
quando sou fraco, então é que sou forte”.
Esperar
e confiar em Deus não significa cruzar os braços e esperar que o
Senhor faça tudo; podemos ter certeza que Paulo orou, estudou as
Escrituras, consultou seus colaboradores e creu na obra de Deus para
a qual fora chamado.
Deus
nos livra nas tribulações de um jeito ou de outro – v.10 Nem
sempre Deus age da mesma forma com todos; alguns discípulos foram
livrados da prisão outros foram mortos, de uma forma ou de outra,
todos foram livrados da situação.
No
Sl 34.6 o salmista diz: “Clamou
este aflito, e o Senhor o livrou de todas as suas tribulações”
Deus
é glorificado por meio de nossas tribulações – v.11. A
maior finalidade do nosso chamado é glorificar o Senhor em tudo que
fizermos ou vivermos. Muitas vezes essa glorificação envolve
sofrimento e morte.
-
LEMBRAR-SE DO QUE DEUS FAZ POR MEIO DE NÓS – V.4b- 7
Um
dos motivos de passarmos por tribulações é para nos tornarmos
canais de bênção, para encorajar e consolar outros. O Senhor
continua usando parábolas vivas.
Do
mesmo jeito que temos sido consolados por Deus; que sejamos
instrumentos para a consolação de muitos!
Paulo
por exemplo, recebeu um “espinho
na carne” =
tipo de sofrimento que não sabemos definir ao certo; o que sabemos é
que ele experimentou a graça fortalecedora de Deus e compartilhou
esse encorajamento conosco; Não importa a natureza da nossa
provação: “a
graça sustentadora de Deus nos basta”.
O
sofrimento pode nos ajudar a ministrar a outros com autoridade.
CONCLUSÃO:
O
QUE ESSE ASSUNTO RECORRENTE NOS ENSINA HOJE?
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Quando as tempestades da vida nos assolam, a primeira coisa que devemos fazer é tirarmos os olhos de nós mesmos e do problema e coloca-los em Deus – Sl 121.1-2.
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Nada em nossa vida é acidental, tudo que nos sucede é um propósito de Deus e tem um fim proveitoso - Rm 8.28-29 quer nesta vida ou na eternidade.
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Experimentamos o consolo de Deus na tribulação, para sermos canais de consolação para muitos! Deus hoje quer encorajar você a ser esse canal...
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Quando as tribulações aparecerem fixe seu olhar em três direções: Naquilo que Deus é; naquilo que ele fez e faz por nós e naquilo que ele faz por meio de nós.
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