TEMA - UMA ORAÇÃO AGRADAVEL A DEUS
Texto base - Sl. 5.1-7
1
Dá ouvidos, Senhor, às minhas palavras e acode ao meu gemido. 2
Escuta, Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a ti é que
imploro. 3 De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te
apresento a minha oração e fico esperando. 4 Pois tu não és
Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal. 5
Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os
que praticam a iniquidade. 6 Tu destróis os que proferem
mentira; o Senhor abomina ao sanguinário e ao fraudulento; 7
porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e
me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor.
INTRODUÇÃO
Orar
é falar com Deus. Assim aprendemos e assim ensinamos nossos filhos.
Cremos nisso. Cremos num Deus pessoal e atento, que ouve nossas vozes
e é capaz de comunicar-se conosco. Tal o privilégio da fé: podemos
nos relacionar plenamente com Deus através da oração.
Mas
orar é também “lutar” com Deus. Assim não aprendemos e assim
não ensinamos. Não queremos crer nisso. Queremos crer que a oração
será sempre amena, agradável, plena de imediatas respostas,
satisfatória. E tal é o drama da oração: através dela somos
confrontados pela santidade de um Deus que sempre e de novo nos
convida ao arrependimento e à transformação. Ele luta conosco. Por
isso oramos tão pouco e temos tão poucas experiências de oração.
O salmo
5 é
uma bela e instrutiva oração. Bela por sua poética e profundidade.
Instrutiva pelas lições que nos oferece.
E se quisermos realmente
aprender, descobriremos que o salmista, neste primeiro trecho do
salmo, nos dá o exemplo de uma oração que agrada o coração de
Deus.
EM PRIMEIRO LUGAR, PORQUE É UMA ORAÇÃO CONSCIENTE - Vs.1
... Dá
ouvidos, Senhor, às minhas palavras… Escuta, Rei meu e Deus meu, a
minha voz que clama, pois é a ti que imploro...
O
salmista sabe exatamente com quem fala e a quem se dirige. Chama-lhe
de Senhor, de Rei e de Deus. Não o trata como um igual e não lhe
faz exigências descabidas. Implora. Não se vale de intermediários
ou mediadores. É a Deus que implora.
EM SEGUNDO LUGAR, PORQUE É UMA ORAÇÃO PACIENTE - Vs.3
... de
manhã te apresento a minha oração e fico esperando...
Não
despreocupada ou desinteressada. Pelo contrário. Logo de manhã já
se põe o salmista a orar. Mas é uma oração paciente, submissa,
obediente e perseverante. É uma oração que expõe a necessidade e
o faz esperar em Deus.
EM TERCEIRO LUGAR, É UMA ORAÇÃO COMPROMETIDA - Vs.5
... não
és Deus que se agrade com a iniquidade…
O
salmista reconhece o caráter santo de seu Deus e reconhece que Ele
não compactua com a maldade (destróis
os que proferem mentiras).
Exige santidade, seriedade e compromisso. Está disposto a assumir
tais desafios em seu modo de viver.
EM QUARTO LUGAR, É UMA ORAÇÃO CONFIANTE - Vs.6
... eu,
pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa…
Uma oração feita por quem reconhece sua miséria e pecado, mas não
tem medo. Confia no amor de Deus e na misericórdia de Deus. Confia
na resposta de Deus.
EM QUINTO LUGAR, É UMA ORAÇÃO HUMILDE. Vs.7
... me
prostrarei diante do teu santo templo…
Daquelas
que ajudam a descobrir o imensurável privilégio que consiste em
dirigir palavras humanas e limitadas ao Todo-Poderoso Rei do
Universo. É mais do que oração. É adoração.
Enfim,
a oração é um desafio. Exige-nos que sejamos sinceros,
desprendidos, abnegados, submissos, desejosos de transformação e
cura, disponíveis ao tratamento de Deus; humildes, comprometidos,
pacientes, confiantes e conscientes da grandeza de Deus. Em outras
palavras, semelhantes em tudo ao nosso Senhor Jesus Cristo, o qual
nos ensinou a orar em palavras e em atitudes de vida em intimidade
com Deus. Sua oração O agradou. Nossa oração nEle certamente o
agradará.
Oremos sempre a Deus por Cristo Jesus, nosso salvador.
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