TEMA - GRUPOS: UMA DOENÇA QUE DESTROI A IGREJA
Texto base - I C. 3.3-5
3porque ainda sois carnais. Visto que campeia entre vós todo tipo de inveja e discórdias, por acaso não estais sendo carnais, vivendo de acordo com os padrões exclusivamente mundanos? 4Pois, quando alguém alega: “Eu sou de Paulo”, e outro “Eu sou de Apolo”, não estais agindo absolutamente segundo os padrões dos homens? 5Quem é, portanto, Apolo? E quem é Paulo? Servos por intermédio dos quais viestes a crer, e isto conforme o ministério que o Senhor concedeu a cada um. …
INTRODUÇÃO
Já nos primórdios do Cristianismo, o apóstolo Paulo anteviu, nestas simples palavras, o mais sério de todos os problemas, acompanhando a Igreja em toda a sua trajetória através dos séculos. Por que os irmãos daquela congregação posicionaram-se sob a influência isolada de três ministros,e aparentemente um dos grupos escolheu dizer que era "de Cristo"?
Por uma interessante analogia, e analisando as possíveis razões daquelas tomadas de posição, podemos inferir que os mesmos problemas existem hoje, no âmbito da Igreja contemporânea. Antes de mais nada, gostaríamos de enfatizar que a dedução dos partidários desta ou daquela corrente não estava necessariamente traduzindo a realidade dos fatos. Vejamos, então, o que poderia estar pensando cada um daqueles quatro grupos, nos quais se subdividiu a igreja de Corinto.
PRIMEIRO
GRUPO: "Eu sou de Paulo" (Graça Absoluta) OS LIBERAIS.
Os que se colocaram debaixo da égide paulina, basearam-se provavelmente na defesa da liberdade cristã, tão decantada nos escritos do apóstolo. Paulo apresentava o crente como um ser livre, desarraigado de quaisquer jugos impostos por injunções humanas ou por caprichos individuais. Ser livre, porém, não significa ser libertino. Licença não é licenciosidade. Permissão não é permissividade. Concessão não é salvo-conduto para uma vida mesclada de intemperança. O problema é que até hoje encontramos os partidários desta falsa interpretação da teologia prática exarada nos escritos de Paulo.
Os que se colocaram debaixo da égide paulina, basearam-se provavelmente na defesa da liberdade cristã, tão decantada nos escritos do apóstolo. Paulo apresentava o crente como um ser livre, desarraigado de quaisquer jugos impostos por injunções humanas ou por caprichos individuais. Ser livre, porém, não significa ser libertino. Licença não é licenciosidade. Permissão não é permissividade. Concessão não é salvo-conduto para uma vida mesclada de intemperança. O problema é que até hoje encontramos os partidários desta falsa interpretação da teologia prática exarada nos escritos de Paulo.
SEGUNDO GRUPO: "Eu sou de Apolo" (Intelectualismo Preconceituoso)
OS INTELECTUAIS.
Apolo, ainda mais do Paulo, representava a cultura secular e teológica. A Bíblia descreve-o como um homem erudito, eloquente, especialista em dialética, At 18.24-28. O grupo chamado "de Apolo" ainda hoje tem seus representantes - aqueles que acumulam conhecimentos e começam a ver nos menos aquinhoados pelo saber, uma sub-classe eclesiástica incapaz de atingir os altos píncaros de sua sapiência. Estes confundem ciência com sabedoria, pedantismo com experiência, psicologia com discernimento e filosofia com visão espiritual.
Apolo, ainda mais do Paulo, representava a cultura secular e teológica. A Bíblia descreve-o como um homem erudito, eloquente, especialista em dialética, At 18.24-28. O grupo chamado "de Apolo" ainda hoje tem seus representantes - aqueles que acumulam conhecimentos e começam a ver nos menos aquinhoados pelo saber, uma sub-classe eclesiástica incapaz de atingir os altos píncaros de sua sapiência. Estes confundem ciência com sabedoria, pedantismo com experiência, psicologia com discernimento e filosofia com visão espiritual.
TERCEIRO GRUPO: "Eu sou de Cefas" (Legalismo Intolerante) OS LEGALISTA.
Os que se dizem de Cefas baseavam-se em aspectos atávicos, remanescentes da lei judaica, nas atitudes e palavras de Pedro, o zeloso apóstolo da Igreja judaica-cristã. Viam zelo petrino e legalismo farisaico, que na realidade não existia. Ombreando-se a Pedro, pensavam estar representando lidimamente a posição doutrinária do apóstolo. Isto consistia em inominável equívoco, uma vez que o próprio patrono da pretensa posição não esposava tais idéias. Estes confundiam zelo com fanatismo, moralidade com ascetismo, temor com rigor, santidade com culto de si mesmo.
Os que se dizem de Cefas baseavam-se em aspectos atávicos, remanescentes da lei judaica, nas atitudes e palavras de Pedro, o zeloso apóstolo da Igreja judaica-cristã. Viam zelo petrino e legalismo farisaico, que na realidade não existia. Ombreando-se a Pedro, pensavam estar representando lidimamente a posição doutrinária do apóstolo. Isto consistia em inominável equívoco, uma vez que o próprio patrono da pretensa posição não esposava tais idéias. Estes confundiam zelo com fanatismo, moralidade com ascetismo, temor com rigor, santidade com culto de si mesmo.
QUARTO GRUPO: "Eu sou de Cristo" (Separatismo Intransigente)
Este talvez seja o pior dos quatro grupos. É mister entender, desde já, que se trata não dos que são verdadeiramente de Cristo, mas daqueles que dizem sê-lo, a fim de acobertarem um espírito separatista, egoísta e intransigente. Este grupo existe, igual aos outros três, nos dias de hoje. Acham-se mais importantes do que os liberais, os intelectuais e os legalistas. E o que é pior: acham-se mais privilegiados do que os fiéis e sinceros.Não aceitam qualquer autoridade eclesiástica. Acham que o pastor e os demais oficiais da igreja são meras figuras decorativas. Acreditam que ninguém tem capacidade suficiente para transmitir-lhes qualquer ensinamento. Vêem no fariseu um santo, no hipócrita um sábio, no puritano um apóstolo.
Este talvez seja o pior dos quatro grupos. É mister entender, desde já, que se trata não dos que são verdadeiramente de Cristo, mas daqueles que dizem sê-lo, a fim de acobertarem um espírito separatista, egoísta e intransigente. Este grupo existe, igual aos outros três, nos dias de hoje. Acham-se mais importantes do que os liberais, os intelectuais e os legalistas. E o que é pior: acham-se mais privilegiados do que os fiéis e sinceros.Não aceitam qualquer autoridade eclesiástica. Acham que o pastor e os demais oficiais da igreja são meras figuras decorativas. Acreditam que ninguém tem capacidade suficiente para transmitir-lhes qualquer ensinamento. Vêem no fariseu um santo, no hipócrita um sábio, no puritano um apóstolo.
CONCLUSÃO
"Uma
vez que foi escrito, o foi para o nosso ensinamento" - Rm 15.4,
estas palavras deixadas por Paulo, exortando uma igreja em
particular, servem para abrir nosso entendimento no sentido de
policiarmos nossas atitudes e até mesmo nossos mais íntimos
pensamentos a fim de que sejamos livres, sem sermos "donos da
verdade", zelosos sem sermos intolerantes e, separados do mundo,
mas não dos da família da fé. Qualquer divisão existente no seio
da igreja, seja por qual pretexto, leva a uma debilitação de todas
as suas potencialidades e dá lugar a ataques bem-sucedidos do
maligno.
Antes de interpretarmos qualquer pensamento ou intenção de algum escritor sagrado, temos que ter em mente o contexto de sua exposição global, os resultados do seu ministério e observarmos que toda a Bíblia está ligada por uma espécie de "fio de Ariadne", tornando-se uma, indivisível, que fala sempre a mesma coisa.
Acreditamos piamente que, em uma congregação onde Cristo estivesse ministrando, tendo Paulo, Apolo e Cefas como participantes,todos teriam o mesmo glorioso pensamento e nenhum dos quatro aceitaria como verdade, qualquer das divisões permanentes representadas por pessoas que tomassem seus nomes como bandeira de uma interpretação sem sentido.
Antes de interpretarmos qualquer pensamento ou intenção de algum escritor sagrado, temos que ter em mente o contexto de sua exposição global, os resultados do seu ministério e observarmos que toda a Bíblia está ligada por uma espécie de "fio de Ariadne", tornando-se uma, indivisível, que fala sempre a mesma coisa.
Acreditamos piamente que, em uma congregação onde Cristo estivesse ministrando, tendo Paulo, Apolo e Cefas como participantes,todos teriam o mesmo glorioso pensamento e nenhum dos quatro aceitaria como verdade, qualquer das divisões permanentes representadas por pessoas que tomassem seus nomes como bandeira de uma interpretação sem sentido.
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