TEMA - BARREIRAS QUE DEVEM SER DERRUBADAS

Texto base -  At.8.26-40


INTRODUÇÃO

Infelizmente são muitas as barreiras que se interpõem entre as pessoas. Elas existem de todos os tipos. Há barreiras domésticas, isto é, dentro do lar. Há barreiras no trabalho, na escola, na igreja, na cidade, no estado, no país e no mundo. Elas são criadas por diversas razões, políticas, econômicas, sociais, religiosas e muitas outras.

A Bíblia ensina que Deus ao buscar o homem perdido, teve Ele o propósito de resgatá-lo para uma vida plena de gozo e de paz. Para tanto Deus precisou quebrar a barreira que o pecado havia construído entre o homem e Ele próprio.  Em segundo lugar, Deus deseja que este homem se torne instrumento útil em suas mãos para levar outros homens ao conhecimento desta mesma realidade.

O texto acima mencionado é um clássico sobre evangelismo. Descreve a primeira viagem missionária da igreja de Jerusalém. Filipe é o instrumento divino para tanto. Ele está em Jerusalém e é avisado por um anjo para ir a um lugar que estava deserto. Em obediência a essa ordem deixa tudo e vai.

Gostaria de trazer para reflexão alguns pontos que se pode inferir do texto em questão.

EM PRIMEIRO LUGAR - FELIPE PRECISOU QUEBRAR A BARREIRA EMOCIONAM QUE LHE PRENDIA A IGREJA DE JESUSALEM.

Ele era um dos líderes da igreja pujante. Uma igreja que vivia na comunhão constante dos irmãos, no partir do pão, pois iam de casa em casa tomando as refeições, nas orações, estavam sempre orando e louvando a Deus, e acrescentava Deus dia-a-dia mais e mais pessoas convertidas. Deixar tudo e ir a um lugar deserto, não era nada fácil. 

O apostolo Paulo também teve que vencer a barreira emocional quando precisou fazer-se fraco para ganhar os fracos e evangelizá-los. Tudo ele fez para de alguma maneira levar alguns ao conhecimento da Verdade. Vencer a barreira emocional, no sentido de deixar a sua própria maneira de viver para identificar-se com outros e levá-los a Cristo. 

Jesus venceu a barreira emocional também, quando se dirigiu à mulher samaritana, dando-lhe atenção. De certo havia a barreira cultural e religiosa, mas ao enfrentar os seus discípulos, pois os mesmos poderiam julgá-lo, Jesus também enfrentava a barreira emocional. Maior era o amor pelo destino dessa pobre mulher do que a preocupação do que poderiam pensar da sua atitude. Junto ao poço de Jacó oferece-lhe a água da vida. Jesus em várias outras oportunidades quebrou as barreiras emocionais para atingir o objetivo de levar as boas novas do Evangelho.

 
EM SEGUNDO LUGAR FILIPE PRECISOU QUEBRAR AS BARREIRAS RELIGIOSAS.

Dirigiu-se ao oficial da rainha de Candace, um dos reinos da Etiópia. Este com certeza foi ensinado desde sua infância a adoração de deuses da sua terra; quando já adulto e não satisfeito com aquela religiosidade, estava procurando encontrar no judaísmo a satisfação da sua alma sedenta. Voltava de uma das peregrinações à Jerusalém, pois agora era um prosélito. Filipe podia raciocinar e dizer, “mas Senhor esse homem mal conheceu a revelação dada aos judeus e agora o Senhor quer que eu fale dessa nova fé? Deixa ele primeiro entender bem o judaísmo, depois sim, eu falarei  sobre  o Messias”.

Pedro diz que o cristão deve estar pronto e preparado para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que há nele. Deve fazer isso com mansidão e temor. Não deve ofender quem quer que seja, nem mesmo a fé na qual se confia e professa; não deve em nome de evangelizar ser mal educado, inoportuno, grosseiro e insensível.

Muitas e muitas vezes Jesus confrontou os religiosos da sua época, quebrando as barreiras religiosas. Ele foi duro em dizer algumas verdades que hoje teríamos medo de dizê-las, todavia Ele usava as Sagradas Escrituras. É necessário conhecer a Palavra de Deus para que com sabedoria e conhecimento se possa derrubar a barreira religiosa.

EM TERCEIRO LUGAR FILIPE PRECISOU QUEBRAR A BARREIRA VOLITIVA
Talvez a vontade dele fosse ficar em Jerusalém, todavia partiu para o lugar onde o anjo indicara. Diz o texto que Filipe abriu a boca e começou a ensinar o eunuco a partir da profecia de Isaías, que fala do Cordeiro que foi levado ao matadouro. Tal vontade é quebrada com oração, determinação e visão do Reino. Em Cl. 4.2-6 diz: “Perseverai na oração, vigiando com ações de graças. Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer. Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um. Perseverai na oração, suplicai para que vos abra porta à palavra para falarmos do mistério de Cristo”.

A barreira da vontade se quebra com oração. Quando se começa a orar Deus começa a operar maravilhas. Muitos não pregam, não falam de Cristo, não testemunham porque não oram. Começar orar pelo colega de trabalho, pelo vizinho ou por outra pessoa do relacionamento pessoal é a chave para vencer a barreira da vontade.  É preciso orar com devoção – colocar o coração no que está pedindo, pedir com humildade, com confiança, com compaixão; perseverança – pedir e esperar o tempo de Deus, no Seu tempo Ele vai conceder o que se pede, principalmente quando se trata da salvação de almas; e gratidão – agradecer a Deus aquilo que Ele já realizou e que vai realizar.

Evidentemente que o cristão precisa abrir os lábios para anunciar as boas novas do evangelho da graça salvadora. São muitas as barreiras que existem. Algumas colocadas pelo inimigo das almas, outras o próprio homem que as coloca. É necessário derrubar barreiras – o cristão deve ser ponte, caminho e viés de Deus para levar almas a Cristo.

A vida de Daniel é um exemplo para todo cristão. Ele foi fiel no processo de anunciar a sua fé a Nabucodonozor. Venceu a barreira emocional - não comendo das finas iguarias do rei; venceu a barreira religiosa – não adorando a estátua de ouro que foi levantada pelo rei;  e venceu a barreira volitiva – orando, falando e vivendo   uma vida comprometida com  o Deus único, Soberano Senhor dos céus e da terra. Não será nenhuma surpresa se Nabucodonozor estiver no céu. Vale a pena derrubar as barreiras para se falar do grande amor de Deus. Mãos à obra.


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