TEMA - RELIGIOSIDADE NÃO É CRISTIANISMO

 Texto Base: Mt 26.45-50

INTRODUÇÃO
Judas acompanhou Jesus durante todo seu ministério. Ele era um dos doze, um dos mais respeitados e importantes discípulos, tanto que era o tesoureiro do grupo. Ele participou do Evangelho, mas não viveu o Evangelho.
Ao analisarmos o perfil religioso de Judas Iscariotes, chegaremos à conclusão que ele fazia parte daquele grupo de crente que até hoje existe; os questionadores, insatisfeitos, os interesseiros, os que objetivos e motivações erradas ao seguirem Jesus e o Evangelho.
Atos 1.25, diz que Judas se transviou, e foi para seu próprio lugar e apostatou da fé. O apóstata, é aquele que crê, mas de maneira errada, por isso se desvia ao se frustrar por  não ter  aquilo que almejava.
Judas caiu do Apostolado, mas nunca pertenceu de fato a Jesus, nunca teve uma relação pessoal e genuína com Jesus. Ele não perdeu a salvação, porque nunca foi salvo de fato.
Judas vivia naquele estágio de seguidor indiferente de Jesus, que está em sua companhia, mas não compartilha de seu Espírito  - Rm 8.9
Judas é um exímio RELIGIOSO, mas não um verdadeiro CRISTÃO.
 VEJAMOS O COMPORTAMENTOS DAQUELES QUE SÃO RELIGIOSOS, MAS NÃO SÃO CRISTÃO DE FATO E DE VERDADE:
I - CEGUEIRA ESPIRITUAL
Judas estava perto da luz do mundo, mas em sua alma havia trevas. Jesus era a luz . Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não anda nas trevas - Jo 8.12.
A luz que ilumina, iluminou os outros discípulos:
Iluminou o gênio de Pedro
Iluminou o coração de Mateus
Iluminou a alma de Nicodemus
Iluminou o caráter de Maria Madalena, de Zaqueu, de Natanael, de Simão Zelote e tantos outros. “ O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz: sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou um luz -  Mt 4.16
A luz que iluminou muitas pessoas, não iluminou a alma de Judas. Ele permaneceu na cegueira espiritual. Vendo a luz, permaneceu nas trevas.
II - INSENSIBILIDADE ESPIRITUAL.
Judas ouviu todas as Palavras de vida, mas havia dureza em seu coração. Ele ouviu a verdade, todas as Palavras da verdade, mas não entraram em seu coração por causa da dureza de seu coração.
Jesus disse que o maior mandamento é: “ame o Senhor seu Deus de todo seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”  - Mt 22.37. Ele não conseguiu cumprir o maior mandamento de Jesus. Judas não amou a Jesus.
O coração de Judas permaneceu como o coração dos discípulos estavam depois da multiplicação dos pães e quando viram Jesus andando sobre as águas, ficaram assustados e incrédulos: o texto diz : “ eles não tinham absorvido ainda o milagre da multiplicação. O coração deles estava endurecido”  - Mc 6.52
O que mostra a insensibilidade espiritual de Judas é o tempo que ele viu e ouviu as coisas mais maravilhosas, as palavras mais poderosas e mesmo assim, não se converteu a Jesus.

III - ENGANO ESPIRITUAL
Judas revelou o que ainda hoje vemos, adesão e não conversão.
Judas não enganou Jesus, enganou-se a si mesmo. Ele demonstrava até as melhores intenções cristãs. Mostrou uma incrível preocupação com os pobres - Jo 12.3-5. Demonstrou reverência para com Jesus. Na hora de entregar Jesus, ele se aproxima e com toda a reverência diz: “salve mestre, meu mestre” e o beijou, como um discípulo beija o seu mestre - Mt 26.49
Ainda hoje, temos pessoas assim. Tem a aparência de reverência, mas não possui a mesma reverência no coração.
O maior sinal de uma pessoa assim é amar mais as coisas do amar as pessoas.
Quem está na igreja, mas não ama a Jesus, não engana a ninguém mais do que a si mesmo.

IV - SUPERFICIALIDADE NA FÉ.
Judas por fim, mostrou algo muito comum ainda hoje. Uma fé de ocasião. Uma fé sem raízes. Uma fé em coisas erradas. Uma fé na igreja, mas não em Jesus.
Judas seguiu Jesus o tempo todo, mas a traição revelou quem ele realmente era. Claro que a traição fazia parte do plano de Deus. Jesus estava com o destino traçado, a morte na cruz.
Não podemos criticar, nem condenar Judas pela traição, porque fazia parte do plano de Deus. O que condena Judas é o seu caráter. É o seu coração. Ele desenvolveu um plano maldoso. Ele fez as coisas de maneira sórdida. Ele se deixou usar pelo diabo. Ele se revoltou com Jesus.
Ele não teve fé em Jesus e, no desespero, por causa das trevas em sua alma se suicidou.

CONCLUSÃO:
Analisemos nossa fé. Não podemos viver de qualquer maneira – ou nos convertemos verdadeiramente a Jesus, ou o desespero tomará conta do coração.
A espiritualidade cristã é a espiritualidade da esperança. Sem Jesus sobra apenas desespero e falta de propósito para a vida.

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