TEMA - RELIGIOSIDADE NÃO É CRISTIANISMO
INTRODUÇÃO
Judas acompanhou
Jesus durante todo seu ministério. Ele era um dos doze, um dos mais
respeitados e importantes discípulos, tanto que era o tesoureiro do
grupo. Ele participou do
Evangelho, mas não viveu o Evangelho.
Ao analisarmos o
perfil religioso de Judas Iscariotes, chegaremos à conclusão que
ele fazia parte daquele grupo de crente que até hoje existe; os
questionadores, insatisfeitos, os interesseiros, os que objetivos e motivações erradas ao seguirem Jesus e o Evangelho.
Atos
1.25, diz que Judas se transviou, e foi para seu próprio lugar e
apostatou da fé. O apóstata, é aquele que crê, mas de maneira
errada, por isso se desvia ao se frustrar por não ter aquilo que almejava.
Judas caiu do
Apostolado, mas nunca pertenceu de fato a Jesus, nunca teve uma
relação pessoal e genuína com Jesus. Ele não perdeu a
salvação, porque nunca foi salvo de fato.
Judas vivia
naquele estágio de seguidor indiferente de Jesus, que está em sua
companhia, mas não compartilha de seu Espírito - Rm 8.9
Judas é um exímio RELIGIOSO, mas não um verdadeiro CRISTÃO.
VEJAMOS O COMPORTAMENTOS DAQUELES QUE SÃO RELIGIOSOS, MAS NÃO SÃO CRISTÃO DE FATO E DE VERDADE:
I - CEGUEIRA
ESPIRITUAL
Judas estava
perto da luz do mundo, mas em sua alma havia trevas. Jesus era a luz .
Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não anda
nas trevas - Jo 8.12.
A luz que
ilumina, iluminou os outros discípulos:
Iluminou o gênio
de Pedro
Iluminou o coração de Mateus
Iluminou a alma de
Nicodemus
Iluminou o caráter de Maria Madalena, de Zaqueu, de
Natanael, de Simão Zelote e tantos outros. “ O povo que vivia nas
trevas viu uma grande luz: sobre os que viviam na terra da sombra da
morte raiou um luz - Mt 4.16
A luz que
iluminou muitas pessoas, não iluminou a alma de Judas. Ele
permaneceu na cegueira espiritual. Vendo a luz, permaneceu nas
trevas.
II -
INSENSIBILIDADE ESPIRITUAL.
Judas ouviu todas
as Palavras de vida, mas havia dureza em seu coração. Ele ouviu a
verdade, todas as Palavras da verdade, mas não entraram em seu
coração por causa da dureza de seu coração.
Jesus disse que o
maior mandamento é: “ame o Senhor seu Deus de todo seu coração,
de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” - Mt 22.37. Ele
não conseguiu cumprir o maior mandamento de Jesus. Judas não amou a
Jesus.
O coração de
Judas permaneceu como o coração dos discípulos estavam depois da
multiplicação dos pães e quando viram Jesus andando sobre as
águas, ficaram assustados e incrédulos: o texto diz : “ eles não
tinham absorvido ainda o milagre da multiplicação. O coração
deles estava endurecido” - Mc 6.52
O que mostra a
insensibilidade espiritual de Judas é o tempo que ele viu e ouviu as
coisas mais maravilhosas, as palavras mais poderosas e mesmo assim,
não se converteu a Jesus.
III - ENGANO
ESPIRITUAL
Judas revelou o
que ainda hoje vemos, adesão e não conversão.
Judas não
enganou Jesus, enganou-se a si mesmo. Ele demonstrava até as
melhores intenções cristãs. Mostrou uma incrível preocupação
com os pobres - Jo 12.3-5. Demonstrou reverência para com Jesus. Na
hora de entregar Jesus, ele se aproxima e com toda a reverência diz:
“salve mestre, meu mestre” e o beijou, como um discípulo beija o
seu mestre - Mt 26.49
Ainda hoje, temos
pessoas assim. Tem a aparência de reverência, mas não possui a
mesma reverência no coração.
O maior sinal de
uma pessoa assim é amar mais as coisas do amar as pessoas.
Quem está na
igreja, mas não ama a Jesus, não engana a ninguém mais do que a si
mesmo.
IV -
SUPERFICIALIDADE NA FÉ.
Judas por fim,
mostrou algo muito comum ainda hoje. Uma fé de
ocasião. Uma fé sem raízes. Uma fé em coisas erradas. Uma fé na
igreja, mas não em Jesus.
Judas seguiu
Jesus o tempo todo, mas a traição revelou quem ele realmente era. Claro que a
traição fazia parte do plano de Deus. Jesus estava com o destino
traçado, a morte na cruz.
Não podemos
criticar, nem condenar Judas pela traição, porque fazia parte do
plano de Deus. O que condena Judas é o seu caráter. É o seu
coração. Ele desenvolveu um plano maldoso. Ele fez as coisas de
maneira sórdida. Ele se deixou usar pelo diabo. Ele se revoltou com
Jesus.
Ele não teve fé
em Jesus e, no desespero, por causa das trevas em sua alma se
suicidou.
CONCLUSÃO:
Analisemos nossa
fé. Não podemos viver de qualquer maneira – ou nos convertemos
verdadeiramente a Jesus, ou o desespero tomará conta do coração.
A espiritualidade
cristã é a espiritualidade da esperança. Sem Jesus sobra apenas
desespero e falta de propósito para a vida.
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