TEMA - O PASTOR E A AUTORIDADE MINISTERIAL
TEXTO BASE – II TIMOTEO 2.15
INTRODUÇÃO
Desde os Patriarcas, a começar com Abraão, a passar pelos juízes, aos
profetas, sacerdotes e reis, Deus sempre escolheu e dotou de autoridade um
homem que lideraria seu povo, que estaria à frente.
Não é diferente nos dias de hoje, Deus ainda continua chamando,
vocacionando, capacitando e dotando de autoridade, homens (os ministros) que
esteja na condução do seu povo rumo ao céu.
O grande problema, desde os tempos bíblicos, como nos dias de hoje, é o
exercício, ou como exercer, essa autoridade. Alguns tiram vantagens dessa
autoridade (Saul, Roboão, Acabe…), enquanto outros, a usam num nível mínimo, ou
quase não usa (Elí…).
Entretanto, há Líderes, Ministros que
administram com sabedoria, graça e força de caráter esse assunto.
Talvez, dois princípios fundamentais
nos ajudem a entender melhor esse assunto:
a)
DEFINIÇÃO E DISTINÇÃO ENTRE AUTORIDADE E AUTORITARISMO
AUTORIDADE – Condição de
credibilidade e prestígio baseada na excelência, na qualidade, na acuidade e
atualidade das informações, argumentações, análises etc. que apresenta.
AUTORITARISMO – Regime político em
que o poder está concentrado em uma pessoa ou em um pequeno grupo que, para
impor sua autoridade, gere. viola direitos e liberdades individuais…
b) A
FONTE DA SUA AUTORIDADE
De onde vem a sua autoridade? Sua
resposta a essa pergunta faz diferença. O que você acredita sobre a fonte de
sua autoridade molda a maneira como você lida com ela.
A fonte primária de autoridade
ministerial é Deus. O ponto importante é que você nunca é a fonte de sua
própria autoridade. Isso implica em que ela não pertence a você.
Contudo o complicado é que, mesmo
assim, você ainda é o responsável por ela e por adquiri-la.
Existem pelo menos, a meu ver, nesse
texto, três vertentes de onde emana essa autoridade na vida do pastor no
tocante a sua responsabilidade.
A SABER:
1. A PRIMEIRA VERTENTE
DE ONDE EMANA A AUTORIDADE PASTORAL É DA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL DO PASTOR COM
DEUS – “procura apresentar-te a Deus…”
A primeira qualificação MINISTERIAL
não poderia ser outra, se não, a experiência espiritual. Esse nível de
experiência é um desafio para que o Pastor – Líder – coloque-se diante de Deus
tendo uma vida de intimidade com Ele.
Em sua vida, o Pastor-líder deve ser
transparente diante de Deus com inteireza de coração.
1.1. FÉ
1.2. ESPIRITO
SANTO
1.3. CHAMDO
1.4. SANTIDADE
2. A
SEGUNDA VERTENTE DE ONDE EMANA A AUTORIDADE PASTORAL É DO EXEMPLO MORAL E ÉTICO
DO PASTOR PARA COM A IGREJA E A SOCIEDADE ONDE ELE ESTÁ INSERIDO – “…
como obreiro aprovado que não tem do que se envergonhar…“
Esse nível de experiência é exigido
no sentido de o Pastor – Líder – ter uma vida integra e honesta em seus
relacionamentos interpessoais e em suas transações. Ele deve ser incorruptível
em suas ações para que através delas os homens glorifiquem a Deus.
I Tm. 3.2a “… É necessário,
pois, que o Pastor-Líder seja irrepreensível…” – I Tm. 3.2a
2.1. IRREPREENSÍVEL
– Que não merece ser repreendido ou censurado, correto.
Ser Irrepreensível nas
questões MORAIS de um modo geral.
2.1.1. Fidelidade conjugal
– Marido de uma só mulher
2.1.2. Sóbrio – (Gr.
Sophron) de mente sã, equilibrado que freia os próprios desejos e impulsos,
autocontrolado, moderado
2.1.3. Sem vícios – Não
dado ao vinho (Gr. Paroinos)
2.1.4. Governar bem sua
própria família – tendo os filhos sujeitos a ele;
2.1.5. Não violento – pelo
contrario, cordato, inimigo de contendas.
2.1.6. Não avarento –
Indivíduo extremamente apegado ao dinheiro (e por ext. aos bens materiais),
sendo por isso incapaz de gestos de generosidade.
v I Tm 3.7 – “Também
deve ter boa reputação perante os de fora, para que não caia
em descrédito nem na cilada do diabo”
2.2. REPUTAÇÃO –
Conceito em que alguém é tido pelo público ou por uma sociedade
Ter boa Reputação, nas questões
ÉTICAS de um modo geral.
2.2.1. Ser fiel em seus
compromissos financeiros
2.2.2. Ser honesto
2.2.3. Honra sua
palavra
2.2.4. Não falar mau do
seu colega de ministério
O pastor não será perfeito, mas
também não terá questões pendentes. Ele sempre buscará acertar seus problemas
de forma rápida e decisiva.
Quando Paulo chegou a Listra em sua
segunda viagem missionária, ele ouviu falar de Timóteo.
E At. 16.2 diz: “…
Dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio”. Isto é, Timóteo tinha
uma “boa reputação”; era “irrepreensível” em todo o seu procedimento.
O bom testemunho do pastor é
indispensável tanto em sua casa como na igreja e na sociedade e comunidade.
As pessoas em volta observam o
procedimento dos cristãos, principalmente de seus líderes. Portanto, aquele
que aspira AUTORIDADE MINISTERIAL deve ser bem visto pelas
pessoas.
As pessoas podem até discordar
daquilo que o pastor ensina, mas não terão outros motivos para considerá-lo
infiel.
Em I Sm.12.3-4 temos um
exemplo de obreiro irrepreensível.
3. A
TERCEIRA VERTENTE DE ONDE EMANA A AUTORIDADE PASTORAL É DO CUIDADO E DA
PREOCUPAÇÃO DO PASTOR EM CONHECER AQUILO QUE ELE ENSINA (INTELECUTUALIDADE)
– “… mas que maneja bem a palavra da verdade”.
Aqui, este nível de experiência é
para que o Pastor–lider, seja um bom conhecedor daquilo que ele defende e crer:
a palavra de Deus.
Apto para ensinar – I Tm. 3.2. O que
é Apto – “Que tem aptidão para alguma coisa, hábil, capaz”
Como líder, o pastor tem de se
ajustar ao perfil contextualizado sem perder a visão da sua chamada, sem perder
a sua identidade espiritual.
PORQUE É NECESSÁRIO O PREPARO
INTELECTUAL?
3.1. POR
CAUSA DA ATUAL CONJUNTURA DE MUNDO.
A sociedade atual recebeu o
nome de sociedade do conhecimento por causa da rápida expansão do saber em
todas as áreas.
Cada dia o nível de
dificuldades aumenta quando se trata de pastorear o rebanho do Senhor.
A sociedade do século XXI – Sociedade
do Conhecimento – a cada dia tem problemas os mais complexos
possíveis, precisando cada vez mais de especialidades que tratem de cada um
deles.
3.2. AUMENTOU
O NÚMERO DE RELIGIÕES e cada uma trazendo uma oferta “tentadora” para os menos
informados (que é um número altíssimo dentro das igrejas).
O pastor neste caso tem de se
desdobrar muito para atender demandas, dar respostas cada vez mais intrigantes
sobre questões de fé, de vida, de emoções, etc.
3.3. AUMENTOU A
QUANTIDADE DE PESSOAS no planeta e com isso Aumentou a ansiedade e
culminou na Depressão, fato é que há estimativa por parte dos órgãos
que estudam a saúde que no mundo que até o ano 2020, 74% da população
mundial entrará em crise depressiva
3.4. O
PÚBLICO DIFERENCIADO EXISTENTE HOJE DENTRO DAS IGREJAS
Há uma necessidade de se conhecer o
ser humano e suas peculiaridades, daí a exigência de estudar,
aprofundar-se em algumas questões do tipo: INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA,
JUVENTUDE, FASES ADULTA e 3ª IDADE, SEXUALIDADE, HOMOSSEXUALIDADE, DROGAS,
álcool, CRISE EXISTENCIAL, FRUSTRAÇÕES, ANSIEDADE, DEPRESSÃO, suicídio QUESTÕES
DE ORDEM JURÍDICA (divórcio e novo casamento), Aconselhamento, etc
3.5. PÚBLICO
FORMADO ACADEMICAMENTE
Outro fator importante a considerar é
que temos um público formado academicamente, mais exigente, mais
crítico, e em alguns casos mais cético até, que não se conforma com um sermão
improvisado, mas que deseja uma comida mais robusta, mais pesada e substancial
para ingerir.
É fato para o Pastor que quem chama,
prepara, envia e cuida é Deus, mas na Bíblia há exemplos claros de homens de
Deus que tiveram um preparo intelectual e cultural para atender demandas
divinas:
Moisés – entendido em toda
ciência do Egito.
Lucas – Médico cujo
evangelho foi escrito aos Gregos (a nata intelectual da época).
Paulo – a formação de
Paulo, foi fundamental para que tivesse sucesso no seu ministério. Paulo viveu
numa época em que várias etnias e culturas estavam associadas, através da
universalidade da língua grega.
Apolo – homem „instruído‟
recebeu formação de „nível universitário‟ em retórica, na grandemente
valorizada educação grega. Lucas diz que Apolo era „poderoso’ no
uso das Escrituras. „Poderoso’ era um termo retórico para lógica e
persuasão.
Em I Sm. 19.20, nos é dito que
Samuel tinha uma escola de profetas e ali eram fornecidas instruções para o
intelecto deles… a fim de que o candidato a profeta entendesse realmente o
ministério que iria exercer. Rm. 12.7 diz: “se ministério,
dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, ESMERE-SE em
faze-lo”. Esta palavra esmere-se, resume de uma forma clara o
que tem que fazer quem quer ensinar. Paulo está contemplando em sua
mente uma espada sendo afiada em um esmeril.
Observe que esta ferramenta
que está sendo afiada, ela sofre um desgaste natural, ou seja, à medida
que você vai afiando esta ferramenta ela vai perdendo massa, ela vai ficando
mais fina.
Na prática o que significa isto? Quando você está
se desgastando para instruir-se na palavra de Deus, estudando a palavra de Deus
com versões diferentes da Bíblia, com dicionários bíblicos, com fatos
históricos do texto estudado, da geografia do local, da história ali
ocorrida, você vai sendo edificado, fortalecido. você está sendo
amolado, corrigido, preparado
CONCLUSÃO
PASTORES COM AUTORIDADE BIBLICA –
dirigem seus rebanhos com compaixão e benignidade; eles o encoraja e não apenas
demandam.
PASTORES COM AUTORIDADE BIBLICA
– lideram, por exemplo, pessoal e não exigem obediência cega.
PASTORES COM AUTORIDADE BIBLICA
– sabem que o rebanho não pertence á eles e não exercem suas
vontades sobre ele
PASTORES COM AUTORIDADE BIBLICA
– se preocupam mais pelo bem-estar do rebanho do que a si próprios
PASTORES COM AUTORIDADE BIBLICA
– são humildes e não se consideram maiores que o rebanho
PASTORES COM AUTORIDADE BIBLICA – libertam
o rebanho para fazer a vontade de Deus e não o controla para poder manipulá-lo
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