TEMA - A NECESSIDADE DO AVIVAMENTO
INTRODUÇÃO
Vivemos dias em que se faz
necessário uma reflexão profunda sobre a saúde espiritual da igreja. Mesmo
tendo igrejas saudáveis e cheias do Espírito Santo espalhadas pelo mundo, o
cenário geral é assaz preocupante. Há perigosas ameaças à igreja.
Vejamos
1. Em
primeiro lugar, a ameaça do liberalismo teológico
O Racionalismo trouxe em
suas asas a ideia de que a razão humana é o supremo tribunal aferidor da
verdade.
O Iluminismo colocou o homem
no centro do universo. A Alta Crítica faz uma releitura da Bíblia e assaca
contra ela pesadas acusações. Acusam a Bíblia de ser um livro eivado de erros e
prenhe de mitos. O resultado é que esse viés teológico, como um veneno letal, devastou
a igreja aonde chegou. Os seminários, que outrora formaram teólogos, pastores e
missionários, agora, plantam ceticismo, promovem incredulidade e espalham
apostasia. Os sinais da devastação provocada pelo liberalismo teológico podem
ser vistos na Europa, na América do Norte e também no Brasil.
2. Em
segundo lugar, a ameaça da secularização.
O humanismo idolátrico baniu
o jugo de Deus. Karl Marx, com seu materialismo dialético tirou Deus da
história; Charles Darwin, com sua teoria da evolução, tirou Deus da ciência;
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, tirou Deus do inconsciente humano;
Friedrich Nietsche, do topo de sua soberba intelectual, disse que Deus morreu;
Richard Dawkins, o patrono dos ateus contemporâneos, disse que Deus é um
delírio. O homem, besuntado de orgulho, baniu Deus de sua vida e de sua
história. Até mesmo aqueles que professam a fé cristã, em muitos redutos, já
empurraram Deus para a lateral da vida e vivem para o seu próprio deleite e não
para a glória de Deus. Tudo agora gira em torno do homem. Tudo acontece pelo
homem e para o homem. A secularização está entrando nas igrejas, deixando-as
anêmicas e desidratadas. A falta de engajamento e fervor da maioria dos crentes
é um fato incontroverso.
3. Em
terceiro lugar, a ameaça do sincretismo.
No afã de atrair mais
pessoas para o seu arraial, muitos líderes, desprovidos da verdade, introduzem
na igreja crendices pagãs e práticas estranhas à sã doutrina para enredar os
incautos. Torcem a palavra de Deus. Inventam novidades. Acorrentam o povo com as
cordas da ignorância. Por causa da ganância insaciável, esses corifeus do
engano, transformam o evangelho num produto híbrido, o púlpito num balcão, o
templo numa praça de negócios e os crentes em consumidores. O vetor que move
esses arautos da mentira é o lucro. Esses lobos travestidos de pastores
arrancam a lã das ovelhas e devoram sua carne, dando-lhes o caldo mortífero das
últimas novidades do mercado da fé, para mantê-las prisioneiras do engano
religioso.
4. Em quarto lugar, a ameaça do mundanismo.
A verdadeira doutrina
desemboca na verdadeira ética. Os reformadores ensinavam a vida simples e
viviam de forma modesta. A simplicidade era a marca do cristão. O ideal desses
homens não era ajuntar tesouros na terra, mas no céu. Não era ostentar bens
materiais, mas promover a fé. Não era copiar o mundo em seus conceitos, valores
e prazeres, mas inconformar-se com ele. Não era viver no fausto e no luxo, mas
proclamar o evangelho, mesmo sob severa perseguição, e isso, até aos confins da
terra. A paixão pela glória de Deus foi sendo perdida a cada geração. O
entusiasmo com o avanço do evangelho entre as nações arrefeceu. A igreja passou
a amar o mundo e a conformar-se com ele em vez de ser luz no mundo e
embaixadora do reino de Deus.
5. Em
quinto lugar, a ameaça da ortodoxia sem piedade.
A ortodoxia é necessária,
inegociável e insubstituível, mas a ortodoxia precisa vir acompanhada de
piedade. Uma ortodoxia ossificada produz morte, pois a ortodoxia morta, mata.
Não basta crer nas doutrinas certas, é preciso viver da maneira certa. Não
basta ter luz na mente, é preciso ter fogo no coração. Não basta ter
conhecimento certo, é preciso praticar o que é certo. Não basta convicção, é
preciso poder. Não basta ter zelo pela sã doutrina, é preciso praticar o
genuíno amor. O descompasso entre teologia e ética, doutrina e vida, fé e
conduta tem sido um grande estorvo ao avanço da fé cristã.
Conclusão
Em face das considerações
retro mencionadas, é mister a igreja arrepender-se e clamar por um poderoso
reavivamento espiritual, preparando o caminho do Senhor, para que ele se
manifeste.
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